The Analytical Creativity

Chief “Digital Transition” Officer: A Transformação de Pessoas

IBM

As empresas sempre enfrentaram diferenças de velocidades entre o ritmo das suas agendas internas e a evolução dos mercados na adopção e implementação de tendências ou boas práticas.

Em épocas onde a frequência da inovação era mais conservadora, o impacto deste diferencial era gerido com algum equilíbrio, permitindo comprovar até que ponto a empresa beneficiava com estas tendências ou práticas, porque havia tempo para maturação de ideias, testar experiências, processos, etc.

Actualmente esta frequência ocorre numa velocidade alucinante criando assimetrias ainda mais evidentes. Um dos factores mais marcantes deste cenário em contexto digital é a necessidade das empresas saberem funcionar em tempo real – Ser uma “real-time company”.

Acelerar a Inovação Digital nas Empresas

Diferentes dimensões e estruturas organizacionais permitem desafios completamente distintos – Uma micro-empresa tem a capacidade de poder alterar funções e dinâmicas na sua estratégia a um ritmo de fazer inveja a qualquer grupo económico – o que justifica de algum modo ouvirmos dizer frequentemente que “as grandes empresas devem actuar como uma startup”.

Algumas empresas ou clusters de negócio em sectores mais tradicionais que se orgulham de serem excelentes exemplos de boa gestão com resultados comprovados sem dependerem da indústria digital possuem um mindset conservador mas bastante atento às forças que podem afectar os seus mercados e percebem que não devem ignorar o potencial implícito para serem ainda mais criativas e inovadoras.

O mesmo não se poderá dizer daquelas que não conseguem compreender a tempo os indicadores da economia global e os seus sinais de mudança. Estarem preparadas para agir e promover alterações estruturais em qualquer altura passou a ser uma consequência desta realidade. É fundamental estar “acordado” para os vários, e cada vez mais frequentes, “avisos à navegação”.

Assim sendo, a aceleração digital não é um processo igual para todas as empresas, nem tão pouco percepcionada da mesma forma pelos seus gestores, porque também estes se encontram em diferentes patamares de conhecimento e experiência neste tema.

De um modo geral, se quisermos situar qualquer organização perante um processo de aceleração digital existem desde logo 3 grandes pilares numa primeira vaga:

Nota: Recomendo a leitura do seguinte artigo para melhor enquadrar o contexto: “Transformar ou Digitalizar”

 

Questionar a empresa em momentos estratégicos é sempre uma medida de prevenção para se evitar desperdício de recursos, e quanto melhor ela estiver suportada em sistemas de apoio a estas situações (tomada de decisões) mais eficiente será este processo.

As questões no quadro anterior são ilustrativas dos grandes desafios que podem surgir:

  • Negócio: O “Digital” pode retirar valor à oferta tal como ela foi desenhada inicialmente. Não havendo novos atributos de conveniência a oferta torna-se vulgar;
  • Pessoas: Internamente, os colaborados sem competências digitais ficam resistentes à mudança de processos. Externamente, os clientes possuem um comportamento mais volátil. A empresa tem dificuldade em compreender como se deve relacionar e comunicar, quer com colaboradores, quer com clientes;
  • Tecnologia: Internamente, aumenta o risco de ser tornar obsoleta. O ritmo de updates e o nível de integração pode ser incomportável em termos de investimento. Externamente, aumenta a literacia no uso e interacção dos diferentes públicos com a empresa através de dispositivos, potenciando uma maior exigência nos níveis de serviço (tempo real).

Chief “Digital Transition” Officer – A Transformação de Pessoas

A tecnologia é uma força instrumental poderosa mas de nada servirá se não gerar a mudança nas pessoas a partir de pessoas – Quem idealiza, cria, usa, partilha e influencia – para beneficiar a forma como interagimos no nosso ambiente social.

Qualquer empresa que esteja no limiar deste processo deve assumir este requisito como a base de preparação para o seu sucesso.

A transição de uma empresa para uma dimensão digital deve ser liderada por alguém (equipa) que tenha esta missão a tempo inteiro, assente numa visão totalmente comprometida com as chefias de topo – Não pode haver dúvidas sobre este princípio – onde todos deverão olhar na mesma direcção.

Ao longo desta jornada, duas competências serão decisivas: Comunicação e Criatividade – A primeira pela enorme responsabilidade em veicular e inspirar o conhecimento por toda a organização garantindo uma adequada gestão de expectativas e grau de motivação, a segunda pela capacidade genuína de olhar o mundo e libertar “inputs” que podem ser pontos de partida, com base nas permissas da empresas, para conceber movimentos disruptivos.

Estas duas competências devem cumprir juntas um objectivo fundamental: Envolver todas as pessoas. Só pode haver uma efectiva transformação se ela for o resultado do esforço global da empresa a favor de uma visão reveladora de algo verdadeiramente excepcional em relação ao negócio.

As pessoas envolvidas e altamente motivadas são capazes de realizar transformações incríveis, a começar nelas próprias

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